Garimpando prateleiras de livros encontrei um exemplar de capa parda, sem título nem nada. Abri-o na folha de rosto e deparei-me com o alerta precavendo sobre a libertação de Satã e algo mais em relação a Gog e Magog. Foi o suficiente para levá-lo para casa.
Mais tarde fiquei sabendo, e bem mais tarde, quem era o tal autor. Alguns livros depois, descobri que esse homem que escreveu uma biografia de Cristo fora afagado na infância, em Turim, pelo próprio Nietzsche, o autor de nada menos que O Anticristo.
Porém, antes de ter ciência disso, já me deliciava com os ricos relatos de Gog, o excêntrico milionário que fazia as mesmas coisa que eu faria se tivesse eu as mesmas condições. Pensava a cada virada de página: “agora não hás de me surpreender; tudo já foi dito”. Ledo engano! E novas idéias brotavam não sei de qual canto da imagiação que eu não possuia. Desse modo percebi quem nem tudo havia sido dito, tampouco inventado. Recolhi-me em minha insignificância e fiquei refletindo solitário, com a caixa de pandora que tinha sobre o colo.
Por me devolver a esperança que homenageio Papini nesse ano de 2005.
«L.M.»
“Reconhecemos plenamente o valor de algumas influências. E o que tencionamos passar a ti é que nós devemos também ser responsáveis pela criação de tais influências. Devemos ser universais. Contribuir para o desenvolvimento do gênero humano.”
(Assietuapax, in Pequeno Tratado Hermético sobre os Efeitos de Superficie)
Rio de Janeiro, 14 de Novembro de 2005
(Assietuapax, in Pequeno Tratado Hermético sobre os Efeitos de Superficie)
Rio de Janeiro, 14 de Novembro de 2005
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