sábado, novembro 14, 2015

Homenageada 2015 - Mary Shelley

Existem histórias que nos acompanham há tanto tempo, que sequer nos preocupamos em saber se de fato elas são reais. O imaginário coletivo muitas vezes transmite um clássico sem verdadeiramente recorrer à sua essência. Já me havia ocorrido uma vez, ao ler “O Médico e o monstro”, que na história oral circula como um telefone sem fio, perdendo seu verdadeiro espírito. Este ano, novamente fui surpreendido, ao dedicar-me à adorável criatura criada pelo doutor Frankenstein.


Poderíamos interpretar a lição à moda antiga, de que o homem nasce bom e o mundo o corrompe (o que já estaria muito além do que o cinema fez com a obra), acreditando tratar-se de uma obra de terror. Poderíamos ficar apenas com o que ouvimos dizer sobre esse belo livro. Mas se fizéssemos isso, estaríamos falando de outra obra, e não de Frankenstein.
O livro que li é filosofia. É uma tentativa de compreender o homem e o que o torna mau (semelhante ao feito no já citado “O médico e o monstro”, escrito mais de meio século depois). Frankenstein é uma grande aula sobre aprendermos a ser muito além do que todos dizem que somos. Por esta razão, Mary Shelley, mãe de tão bela criatura, recebe minha homenagem.

Em tempo: a criatura gerada por Frankenstein era VEGANA (se alimentava de frutos caídos e castanhas), sem jamais ter feito mal a nenhuma criatura viva (obviamente com exceção dos amiguinhos e familiares de seu criador)

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