sábado, novembro 14, 2015

Laureado 2015 - Hans Ulrich Obrist

2015 foi um ano do tipo muitos em um. Vários anos concentrados em um só. E uma das características mais marcantes deste ano foi a necessidade de me dividir em múltiplas funções e atividades. Curiosamente, uma dessas atividades foi o início de pesquisas sobre “Curadoria”, cujo conceito cada vez mais se aproxima do processo que implica a realização de qualquer escolha estética. Não da estética que tem a ver somente com a beleza, como o senso comum pode nos levar a crer. Um regime estético é, antes de tudo, um modo de ver o mundo. Um ponto de partida para a interpretação das coisas.


Com este aprendizado recente, minha imaginação me levou a buscar uma forma de desempenhar miríades de papéis: professor, coordenador, escritor, revisor, diagramador, concurseiro, editor, pesquisador, aluno... para ser tudo isso com eficiência eu precisava de uma “curadoria de vida”, para organizar cada função em seu tempo e espaço preciso.
Provavelmente citando alguém, lembro-me de meu pai dizendo: “se tiveres oito horas para cortar uma árvore, passe sete horas amolando seu machado”. Interpretei que o importante na execução de uma tarefa era ter as ferramentas certas e a preparação adequada. Por meio dessa breve alegoria, percebi que, intuitivamente, servi-me de um precioso instrumento para sobreviver ao atribulado ano e criar um regime estético de curadoria de vida: Hans Ulrich Obrist.

Assim, pelo precioso auxílio na criação de uma curadoria de vida, Obrist recebe meus louros em 2015.

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