quarta-feira, novembro 14, 2018

Homenageado 2018 - Robert Musil


"Agora, este momento de agora, é tudo que existe.
Qualquer livro sobre felicidade dirá para estabelecer metas claras do que quer conquistar e para se esforçar para conquistá-las. O problema é que isso não funciona.
Você pode se tornar um milionário aos 40 anos, mas então, perceber que não conseguiu ter um relacionamento feliz. Ou quando não dá certo, você se sente perdido e se culpa. Quando vivemos pelos objetivos, esquecemos de viver o agora.
O filósofo Alan Watts afirmou que, ao ouvir uma música, não se vai para o fim dela porque é onde tudo se encaixa. Não se lê o último capítulo de um livro, porque é o clímax. Mas, na vida, ficamos obcecados pelos fins. Estudar para as provas, entrar naquela universidade, conseguir aquele emprego, progredir na carreira, para quê? Aos 50 anos, conseguimos um cargo e pensamos: "É isso? Foi para isso que trabalhei?"
Assim, esquecemos que a vida deveria ser mais como uma música. E nós deveríamos dançar!"
Derren Brown: Miracle (2016) (Netflix, 00'50'' a 02'00'')

Por nos deixar um livro sem fim, metafórica e literalmente, e nos lembrar que não são os fins que importam, minha homenagem em 2018, Robert Musil.

Laureado 2018 - Yuval Noah Harari


Aqui deveria entrar um texto onde digo porque ou como “Sapiens” e “Homo Deus” me influenciaram este ano. Porém, ainda não sou capaz de apontar as profundas estruturas do meu ser que se desestruturaram.

Por ter escrito o livro que desejei ter escrito. Por ter escrito o livro que sempre desejei que fosse escrito! Obrigado por me lembrar que, antes de tudo, prefiro ser leitor. Por favor, Yuval, aceite esta humilde láurea no ano de 2018.